Saúde Íntima em Foco: Tudo o que Você Precisa Saber sobre DSTs e Prevenção

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As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são conhecidas antigamente como doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Elas são transmitidas principalmente por contato sexual sem preservativo com alguém infectado. Pode ser causada por vírus, bactérias e fungos.

Se você sentir sintomas de IST, é importante ir ao médico. Comece o tratamento logo e avise seus parceiros. A melhor forma de prevenir é usar preservativo em todas as relações sexuais.

Este artigo vai falar sobre os tipos de ISTs, seus sintomas, tratamentos e como prevenir. É crucial entender isso para ter uma saúde íntima saudável. Vamos começar?

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O que são Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)?

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são causadas por agentes como vírus, bactérias e parasitas. Elas são transmitidas principalmente durante a atividade sexual sem proteção. São definidas como infecções que afetam a região genital e são transmitidas pela relação sexual.

Definição e causas

O Ministério da Saúde afirma que mais de 30 tipos de bactérias, vírus e parasitas podem causar ISTs. Entre as mais comuns estão a sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, e a gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. A clamídia, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, também é uma das principais.

Além disso, existem infecções virais como o herpes genital, o HIV/AIDS e as hepatites B e C. Essas são consideradas ISTs.

Principais tipos de ISTs

Além das já mencionadas, outras ISTs importantes incluem o cancro mole, a donovanose, o linfogranuloma venéreo, o HPV, a tricomoníase e a candidíase. Muitas dessas infecções podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas como úlceras genitais, verrugas e corrimento genital.

É crucial buscar atendimento médico regular para prevenir, diagnosticar e tratar essas infecções adequadamente.

Sífilis: Sintomas, Tratamento e Prevenção

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela tem três fases de sintomas. Na primeira, surge uma ferida nos órgãos genitais sem dor. Na segunda, aparecem manchas vermelhas na pele. Na terceira, pode afetar o sistema nervoso central.

Em 2021, o Brasil registrou mais de 167 mil casos de sífilis adquirida. Isso representa uma taxa de 78,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

O tratamento da sífilis usa penicilina benzatina, aplicada por via intramuscular. Até junho de 2022, foram 79.587 casos de sífilis adquirida no país. É importante lembrar que a sífilis pode ser assintomática na fase latente.

Para prevenir a sífilis, usar preservativo em todas as relações sexuais é essencial. Testar a gestante em pelo menos três momentos é recomendado. Isso ajuda a evitar complicações graves, como aborto espontâneo e má-formação do feto.

Até setembro de 2022, foram distribuídos 9,5 milhões de testes rápidos para sífilis. Isso superou as entregas de 2021, que foram de 9,03 milhões. Esse esforço mostra a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da sífilis.

Gonorreia: Uma das ISTs Mais Comuns

A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível muito comum. Ela é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Pode afetar a uretra, o colo do útero, o reto, a garganta e até a córnea.

A transmissão ocorre por relações sexuais sem proteção. Em alguns casos, pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto.

Causas e transmissão

As bactérias que causam a gonorreia são transmitidas por contato sexual sem proteção. Ela é mais comum entre adolescentes e jovens adultos. É a segunda IST bacteriana mais comum do mundo.

Sintomas e tratamento

Os sintomas da gonorreia incluem inflamação na uretra, dor ao urinar e secreção purulenta. Antes, o tratamento era com penicilina benzatina. Agora, usa-se uma injeção de ceftriaxona e azitromicina em dose única.

O diagnóstico é feito por exames clínicos e laboratoriais, como PCR e cultura de bactérias.

A gonorreia pode causar problemas sérios, como infertilidade e dor durante relações sexuais. Gravidez nas trompas também pode ocorrer. Mas, os óbitos por gonorreia são raros.

Para prevenir a gonorreia, use preservativos em relações sexuais e faça autoexames.

Cancro Venéreo: Doença Negligenciada

O cancro venéreo, também chamado de cancro mole ou cancro venéreo, é causado pela bactéria Haemophilus ducreyi. Afeta mais áreas tropicais do mundo. Sua característica principal são feridas dolorosas e cheias de pus, que podem ocorrer em pênis, ânus e vulva. Além disso, pode surgir nódulos na virilha.

Embora seja pouco reconhecida, o tratamento de cancro venéreo usa antibióticos como a ceftriaxona ou a eritromicina. É crucial tratar os parceiros sexuais, mesmo sem sintomas, para evitar a reinfecção.

Em certas regiões, o cancro venéreo ainda é comum, especialmente onde a saúde e educação sexual são limitadas. Usar preservativos e fazer consultas regulares são chaves para prevenir essa doença. Se não tratada, pode trazer graves consequências.

HIV/AIDS: Entendendo a Diferença

A AIDS é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico. Muitas pessoas confundem HIV e AIDS, mas são diferentes. A infecção por HIV tem três fases: aguda, assintomática e sintomática.

Na fase aguda, a pessoa pode sentir sintomas como febre e dor de garganta. Isso é semelhante a uma gripe. Depois, há a fase assintomática, onde o vírus se multiplica sem sintomas. Por fim, a fase sintomática traz doenças oportunistas, marcando o início da AIDS.

Sintomas e fases da infecção por HIV

Após a infecção pelo HIV, a pessoa pode ter sintomas como febre e inchaço nos gânglios. Isso é a fase aguda. Depois, vem a fase assintomática, onde o vírus se multiplica sem sintomas.

Finalmente, a infecção pode avançar para a fase sintomática. Nessa fase, o sistema imunológico enfraquece e surgem doenças oportunistas. Isso caracteriza a AIDS.

Tratamento antirretroviral

O tratamento do HIV usa medicamentos antirretrovirais. Eles ajudam a manter o sistema imunológico forte. Desde 1996, o Brasil oferece esses medicamentos gratuitamente para quem tem HIV.

Com o tratamento antirretroviral, a carga viral pode ficar indetectável. Isso impede a transmissão do vírus em relações sexuais.

Herpes Genital: Infecção Viral Recorrente

O herpes genital é causado pelo vírus do herpes simples (HSV). Os tipos HSV-1 e HSV-2 são os principais responsáveis. O HSV-1 pode causar herpes genital, além do labial. O HSV-2 é mais comum na região íntima.

A transmissão ocorre principalmente por contato sexual direto com ulcerações ativas.

Sintomas e Tratamento

Os sintomas do herpes genital incluem ardor, coceira, formigamento e gânglios inflamados. Bolhas características também aparecem. Não há cura, mas medicamentos antivirais, como o aciclovir, ajudam a controlar os sintomas.

Exames de sangue podem diagnosticar a infecção por HSV.

Além do HSV-2, o HSV-1 pode causar herpes genital. Isso pode resultar em herpes genital na boca ou herpes oral na área íntima. O vírus pode ficar latente e reativar, causando novos sintomas.

Candidíase: Infecção Fúngica Comum

A candidíase é causada por fungos, principalmente a Candida albicans. Nas mulheres, os sintomas incluem coceira na vagina, corrimento branco e ardor. Nos homens, pequenas manchas vermelhas no pênis podem aparecer.

Essa condição afeta cerca de 75% das mulheres em algum momento da vida. Cerca de 5% podem ter a candidíase vulvovaginal recorrente.

O tratamento da candidíase usa medicamentos e pomadas antifúngicas, como o fluconazol. A Candida albicans é a espécie mais comum, responsável por mais de 85% dos casos. A Candida glabrata é a segunda mais comum.

Além disso, a candidíase sistêmica ou invasiva afeta mais de 250 mil pessoas em todo o mundo. Ela causa mais de 50 mil mortes.

É crucial higienizar as mãos dos profissionais de saúde e usar medidas de prevenção em cateteres venosos centrais. A candidíase pode ser transmitida de pessoa para pessoa, principalmente por relações sexuais e de mãe para filho durante o parto normal.

É importante que o tratamento da candidíase seja feito por um médico. A maioria dos casos pode ser curada. Cuidar da saúde íntima e buscar ajuda médica quando necessário é essencial.

Pediculose Pubiana (Chato): Parasitose Transmitida Sexualmente

A pediculose pubiana, ou “chato”, é causada por um pequeno parasita chamado Phthirus pubis. Ele vive na região pubiana. É uma infecção sexualmente transmissível (IST), transmitida pelo contato íntimo.

Os sintomas incluem coceira intensa na região pubiana e alterações na pele, como urticária e bolhas. A infestação pode aparecer uma semana após o contágio. A coceira pode piorar à noite, causando feridas pela coceira.

O tratamento usa medicamentos contendo inseticidas, como permetrina e piretrina. É preciso repetir o tratamento em 7 a 10 dias para matar todos os parasitas. A Ivermectina pode ser usada por via oral em alguns casos.

É importante lavar roupas e toalhas em água quente para evitar reinfestação. Tratar os parceiros sexuais também é crucial para evitar a propagação da doença. A pediculose pubiana é uma parasitose transmitida sexualmente que pode ser controlada com os devidos cuidados.

Tricomoníase: IST Causada por Protozoário

A tricomoníase é uma infecção genital comum causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Ela é transmitida através de relações sexuais desprotegidas. Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 156 milhões de casos entre 15 e 49 anos.

Sintomas e Tratamento

Os sintomas da tricomoníase incluem corrimento vaginal amarelo ou esverdeado e odor desagradável. Também há irritação, ardor e dor ao urinar. Nos homens, a infecção pode causar irritação na uretra e corrimento no pênis.

O tratamento comum é a ingestão de metronidazol, secnidazol ou tinidazol em dose única. Usar preservativo é a melhor forma de prevenir a tricomoníase e outras infecções sexualmente transmissíveis.

A tricomoníase é uma das ISTs mais comuns, afetando até 5% da população brasileira. Em populações vulneráveis, pode chegar a 50%. O diagnóstico é feito por exame laboratorial e o tratamento é crucial para evitar complicações.

Hepatites Virais: Transmissão Sexual

As hepatites virais, como a B e a C, podem ser passadas por contato sexual. Isso além de outras formas como água, comida e transfusão de sangue. Mesmo não sendo a principal forma, é crucial evitar sexo sem proteção para evitar a infecção.

Por ano, cerca de 1,4 milhões de mortes são causadas por hepatites virais. No Brasil, em 2018, a hepatite B foi responsável por 32,8% dos casos notificados. Ela também está ligada a 21,3% das mortes por hepatites entre 2000 e 2017.

A vacina é a melhor forma de prevenir a hepatite B no país. Ela está disponível no SUS para quem não foi vacinado, sem importar a idade. Além disso, testes regulares, PEP, imunização e uso de preservativos são fundamentais para evitar a transmissão.

A hepatite A também pode ser transmitida por contato sexual, principalmente em homens que fazem sexo com homens e em quem pratica sexo anal. A vacina contra a hepatite A é muito eficaz e segura. Ela é a principal forma de prevenção e está disponível no SUS.

Em conclusão, prevenir as hepatites virais, incluindo a transmissão sexual, é essencial para evitar complicações e proteger a saúde. Vacinar-se, usar preservativos e fazer testes regulares são passos importantes para se proteger.

Doenças Sexualmente Transmissíveis e Prevenção

Prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é crucial para a saúde. Usar preservativos é uma das melhores formas de proteger-se. Isso reduz o risco de doenças como HIV e sífilis.

Uso de Preservativos

Usar preservativos é chave para ter sexo seguro. Eles também ajudam a evitar gravidez indesejada. Todos devem saber como usá-los corretamente.

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Educação Sexual e Testagem

A educação sexual é muito importante para prevenir ISTs. As pessoas precisam saber sobre transmissão, sintomas e tratamento. Fazer testes de diagnóstico precoce ajuda a tratar infecções rápido.

Em conclusão, usar preservativos, aprender sobre educação sexual e fazer testes regulares são essenciais. Isso ajuda a prevenir a transmissão de ISTs e cuidar da saúde sexual.

Consequências das ISTs não Tratadas

Quando as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) não são tratadas, elas podem causar problemas sérios. Isso pode incluir infertilidade, doenças inflamatórias pélvicas, problemas no coração e até mesmo a morte.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 milhão de pessoas são afetadas por ISTs todos os dias. As mais comuns são a clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. Elas afetam cerca de 1 em cada 25 pessoas.

O HPV, ou Papilomavírus Humano, está ligado ao câncer de colo de útero. Esse câncer é o terceiro mais comum em mulheres e a quarta causa de morte por câncer no Brasil.

Infecções como HIV, clamídia, gonorreia e HPV podem causar infertilidade. A sífilis, se não tratada, pode levar a aneurismas e danos ao coração.

É muito importante que quem suspeita de uma IST procure ajuda médica rapidamente. O tratamento certo pode parar a transmissão, evitar complicações e melhorar a vida das pessoas.

Conclusão

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um grande desafio para a saúde pública. Elas podem causar problemas sérios se não forem tratadas. É muito importante cuidar da saúde íntima.

Para isso, é essencial adotar medidas preventivas. Isso inclui usar preservativos sempre, fazer testes regulares e buscar ajuda médica quando necessário.

Prevenir ISTs ajuda a ter uma vida sexual mais segura e saudável. Usar camisinha em todas as relações sexuais é o melhor jeito de evitar infecções. Isso inclui o HIV/aids e as hepatites virais.

Além disso, fazer testes regulares e tratar as infecções corretamente é muito importante. Isso quebra a cadeia de transmissão das ISTs.

Podemos todos fazer algo para ajudar a prevenir as ISTs. É importante educar a população sobre isso e garantir o acesso a serviços de saúde. Cuidar da saúde íntima beneficia a todos, melhorando a saúde individual e coletiva.

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Raphaela Costama

A mente e coração por trás deste blog. Compartilho aqui minha jornada de aprendizados sobre autocuidado, saúde, bem-estar, sexualidade, família e relacionamentos e desenvolvimento pessoal.

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